Em um mercado onde inovação deixou de ser tendência para virar pré-requisito, o uso de inteligência artificial já não é um diferencial competitivo, é o ponto de partida para campanhas e estratégias digitais mais inteligentes, ágeis e impactantes.
Ferramentas como o ChatGPT se tornaram parte do dia a dia de marcas que querem escalar suas ideias com mais eficiência. Mas, como toda solução inovadora, ela também traz reflexões importantes, especialmente quando o assunto é sustentabilidade.
Você viu a notícia sobre o ChatGPT e o uso de água? Se ainda não, vale ficar por dentro: no artigo de hoje, vamos revelar o impacto invisível dessa tecnologia e o que ela representa para o posicionamento da sua marca.
Quantos litros de água o ChatGPT consome?
Segundo uma pesquisa conduzida pelas universidades de Colorado Riverside e do Texas Arlington, divulgada em março, o consumo de água da inteligência artificial é de aproximadamente 500 ml a cada 20 a 50 perguntas, ou seja, o ChatGPT toma uma garrafinha de água toda vez que recebe esse volume de dados.
Já em tarefas mais exigentes, como a criação de imagens, o consumo é mais intenso. Para gerar uma ilustração, é como se a plataforma realizasse 20 comandos de texto.
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Por que o ChatGTP precisa de água?
A resposta está na estrutura que sustenta a inteligência artificial: os datacenters. O ChatGPT é uma inteligência artificial generativa que precisa de energia para responder as questões que recebe todos os dias dos seus usuários espalhados por todo o mundo.
Atualmente, a plataforma conta com cerca de 800 milhões de usuários ativos por semana e aproximadamente 122,6 milhões de usuários diários em todo o mundo, conforme dados de abril de 2025.
É aí que os datacenters, ou centro de processamento de dados, onde o ChatGPT vive entram em cena: ao processar uma quantidade colossal de cálculos para responder as demandas que recebem diariamente, eles geram calor. Assim, precisam ter à disposição um sistema de resfriamento, que pode funcionar à base de água e/ou eletricidade.
Vale lembrar: o impacto não é só hídrico. De acordo com o The Washington Post, o ChatGPT consome 0,14 kWh de energia para gerar 100 palavras, o equivalente a manter 14 lâmpadas de LED acesas por uma hora.
IA e sustentabilidade: é possível equilibrar inovação e responsabilidade?
A inteligência artificial é uma aliada poderosa para acelerar processos, gerar insights e criar experiências personalizadas. Mas ela também demanda energia, infraestrutura e recursos naturais, como acabamos de ver sobre o impacto ambiental do ChatGPT.
A solução não está em abandonar a tecnologia, mas em fazer escolhas mais conscientes e estratégicas. Sim, é possível usar IA com inteligência ambiental.
Veja algumas práticas que ajudam a equilibrar performance e responsabilidade:
- Otimize o uso: priorize comandos realmente relevantes, evite repetições e refine os prompts para reduzir o retrabalho (e o consumo);
- Escolha ferramentas com compromisso ESG: muitas plataformas já divulgam seus esforços em eficiência energética e uso de fontes renováveis, vale investigar antes de integrar ao seu ecossistema;
- Integre critérios de sustentabilidade à sua stack tecnológica: o digital também precisa ser responsável;
- Engaje em debates: o apelo dos usuários é uma arma poderosa para estimular as empresas de tecnologia a desenvolverem modelos sustentáveis de IA.
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Marketing com propósito: o que sua marca comunica quando escolhe usar IA?
Cada escolha de ferramenta, linguagem ou canal é uma declaração pública sobre o que sua marca acredita, inclusive quando se trata de inteligência artificial.
Se você usa inteligência artificial para gerar conteúdo, personalizar experiências ou automatizar processos, sua audiência já está atenta ao que isso representa. Ela espera coerência entre discurso e prática. Isso também sustenta o verdadeiro marketing com propósito.
A boa notícia? Esse é um ótimo momento para reforçar os seus valores com ações:
- Traga o tema para o centro da conversa: mostre que a sua marca está ciente dos impactos e busca soluções equilibradas.
- Comunique com transparência: não esconda o uso da IA, mostre como ela está a serviço de um marketing mais inteligente e ético;
- Associe inovação à responsabilidade: usar IA pode ser uma escolha ousada, e também ética, quando feita com visão de futuro.
No final do dia, marcas com propósito não precisam escolher entre performance e consciência, elas constroem pontes entre as duas.
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Como isso afeta a sua marca?
A notícia sobre consumo de recursos naturais por tecnologias emergentes engata um importante debate sobre o equilíbrio entre inteligência artificial e ESG (Ambiental, Social e Governança) nas empresas.
Marcas que usam inteligência artificial, especialmente em larga escala, são chamadas a refletir sobre como isso se alinha com seus compromissos de sustentabilidade e responsabilidade.
A boa notícia? É possível usar a inteligência artificial com foco estratégico, escolhendo ferramentas e soluções que alinham performance, inovação e consciência ambiental.
Na Poussée, a inovação não acontece por impulso. Acontece com método, propósito e visão de futuro. Ajudamos marcas a construir estratégias digitais sustentáveis, que geram impacto positivo não só em resultados, mas também na reputação.
A gente acredita que criatividade e consciência caminham juntas. A inteligência artificial é sim uma aliada valiosa para marcas que querem agilidade e estratégia em suas ações. Mas ela precisa ser usada com propósito, intencionalidade e responsabilidade.
Por isso, quando criamos campanhas com inteligência artificial para os nossos clientes, a gente:
- Avalia o papel da tecnologia no projeto, usando as ferramentas de inteligência artificial de maneira estratégica e certeira;
- Transforma dados em conteúdo com valor real, não só volume;
- Integra o uso da ferramenta ao propósito e à identidade de cada marca, com coerência e impacto.
Marcas relevantes não apenas seguem tendência, elas criam o futuro. Quer entender como usar a inteligência artificial de forma criativa, eficiente e responsável? Vamos conversar!