A cada dia, a inteligência artificial (IA) dá novos passos e revela potenciais que há pouco tempo pareciam distantes. Entre os avanços que mais chamam a atenção, o conceito de inteligência artificial geral (AGI) desponta como um marco que pode transformar completamente o que entendemos por tecnologia.
Mais à frente nessa jornada, muitos já especulam sobre a chegada da superinteligência, uma promessa que intriga especialistas, empresas e a sociedade como um todo.
Neste artigo vamos explorar as previsões sobre a AGI e a superinteligência, quem aposta na sua evolução e o que o futuro pode reservar quando a tecnologia ultrapassar os limites que conhecemos.
O que é inteligência artificial geral?
A inteligência artificial geral, ou AGI, representa um avanço significativo em relação às IAs que conhecemos hoje. Diferente das soluções desenvolvidas para tarefas específicas, como reconhecimento de voz, recomendação de produtos, produção de conteúdo ou tradução automática, a AGI teria a capacidade de entender, aprender e executar qualquer tarefa cognitiva que um ser humano consiga realizar.
Ela seria capaz de raciocinar, adaptar-se a diferentes contextos e resolver problemas de forma autônoma, com flexibilidade e criatividade. Esse conceito remete a uma IA que não se limita a regras ou dados pré-programados, mas sim que possui uma compreensão ampla e profunda do mundo, podendo aplicar conhecimentos de uma área para outra de forma inovadora.
A AGI, portanto, simboliza a possibilidade de máquinas que pensam e agem como humanos, aprendendo continuamente e tomando decisões complexas sem supervisão direta.
Apesar do potencial revolucionário, a AGI ainda é uma meta em desenvolvimento e há debates acalorados entre especialistas sobre quando (ou se) ela será alcançada.
O que não se discute é que sua chegada poderá transformar profundamente diversos setores, desde negócios até ciência, educação e entretenimento, abrindo um novo capítulo na relação entre humanos e tecnologia.
O que é superinteligência artificial?
A superinteligência artificial (ASI) representa o próximo salto evolutivo após a AGI. Enquanto a inteligência artificial geral já remete a sistemas capazes de pensar, resolver problemas e tomar decisões com a mesma flexibilidade que os humanos, a superinteligência iria além dessas capacidades, superando o intelecto humano em praticamente todos os aspectos, da criatividade à análise estratégica.
Ela seria capaz de processar uma quantidade inimaginável de dados em segundos, gerar novos conhecimentos, resolver dilemas científicos complexos e até propor soluções que nenhuma mente humana poderia conceber.
Assim, ao contrário da AGI, que busca replicar a cognição humana, a superinteligência daria um salto exponencial, tornando-se um agente e criativo que aprende, evolui e inova a uma velocidade incomparável.
É justamente essa capacidade ilimitada que desperta tanto entusiasmo quanto cautela entre os especialistas, já que o impacto da superinteligência poderia transformar radicalmente indústrias, economias e relações humanas em um futuro que, para muitos, ainda parece distante, mas que vale a pena acompanhar de perto.
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2027: o ano da IA toda poderosa?
Você tem ideia de quando teremos uma AGI ou até mesmo superinteligência artificial (ASI)? Para a equipe da AI Futures Project, uma organização sem fins lucrativos, a data é o final do ano de 2027.
Ao longo de quase um ano, eles trabalharam na elaboração de previsões a respeito das mudanças que o mundo enfrentará conforme sistemas de IA cada vez mais poderosos forem surgindo.
O projeto foi liderado por Daniel Kokotajlo, ex-pesquisador da OpenAI. Quando esteve na empresa responsável pelo desenvolvimento do ChatGPT, ele atuou na produção de relatórios sobre possíveis desenvolvimentos da AGI.
Já na AI Futures Project, ele e sua equipe produziram o relatório AI 2027, publicado em abril, trazendo um cenário hipotético, isto é, um relato fictício cheio de detalhes e expondo o que aconteceria se os sistemas de IA ultrapassassem a inteligência humana.
Em entrevista, Kokotajlo foi claro sobre a conclusão do seu time: “Prevemos que as IAs continuarão a melhorar até se tornarem agentes totalmente autônomos, melhores que os humanos em todos os aspectos, por volta do final de 2027”.
As projeções são bem ousadas: para ele, se as tendências atuais seguirem o caminho de hoje, a IA seria um programador sobre-humano no início de 2027 e um pesquisador de IA sobre-humano, um agente autônomo capaz de supervisionar equipes de programadores de IA e fazer novas descobertas, mais ou menos no meio de 2027.
Já no final de 2027 ou começo do ano seguinte, ele já seria um pesquisador superinteligente, isto é, uma IA com mais habilidades que os próprios humanos para criar uma IA avançada, conseguindo otimizar a sua própria pesquisa e desenvolvimento.
É isso mesmo que você entendeu: ela seria capaz de criar versões mais inteligentes de si. Mas as previsões não terminaram aí: Kokotajlo afirmou que, com isso, a ASI estaria disponível e que, a partir daí, não seria possível projetar o que aconteceria a seguir.
Debate a todo vapor: previsão é questionada
O fato do time da AI Futures Project ter usado histórias fictícias no seu projeto é alvo de críticas, assim como a afirmação de que a IA vai superar a inteligência humana é questionada por especialistas em tecnologia.
Ali Farhad, CEO do Allen Institute for Artificial Intelligence, um laboratório de IA em Seattle, revisou o relatório AI 2027 e, apesar de ter se mostrado favorável a projeções e previsões, também foi categórico: para ele, as previsões do documento não parecem ser baseadas em evidências científicas ou na evolução real da IA no momento.
Além disso, outros especialistas adotam uma postura mais prudente e apontam que a superinteligência artificial ainda está distante e que dificilmente será realidade já em 2027.
Para essa corrente, os desafios técnicos e éticos que cercam o tema são muito mais profundos do que os avanços atuais indicam. Eles lembram que as IAs que conhecemos hoje, por mais sofisticadas que pareçam, continuam dependentes da qualidade e do volume de dados que fornecemos, operam com limitações claras e carecem de entendimento genuíno do mundo ou de verdadeira autonomia.
Eles também destacam que obstáculos como a necessidade de infraestrutura computacional robusta, o amadurecimento de regulações globais e a construção de parâmetros éticos sólidos são fatores que podem estender, e muito, o prazo para a AGI entrar em prática.
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Meta versus Apple na discussão sobre os modelos de superinteligência
A Meta anunciou a criação de um laboratório voltado exclusivamente para o desenvolvimento de uma IA que ultrapasse a inteligência humana, isto é, uma superinteligência artificial.
De acordo com informações do New York Times, o foco da empresa é agressivo: liderar a próxima onda de inovação em IA, com autoaperfeiçoamento recursivo, que é quando a própria IA se aprimora sozinha.
Enquanto isso, a Apple segue uma direção oposta: em um novo artigo, a marca disparou um alerta sobre os limites reais da superinteligência artificial. O documento avaliou a performance dos Large Reasoning Models (LRMs).
A pesquisa é enfática: embora mais sofisticados, os LRMs colapsam ao serem submetidos a tarefas de alta complexidade lógica. Segundo o estudo, conforme os problemas se tornam mais difíceis, esses modelos reduzem seus esforços de raciocínio, ainda que tenham recursos potentes o suficiente.
Confira: Guia da Poussée: o que avaliar ao escolher ferramentas de IA para a sua marca.
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No meio dessas discussões, o que fica claro é que o futuro da IA, seja marcado pela AGI, seja pela superinteligência, seja por novas etapas que sequer conseguimos antecipar, exige uma visão estratégica, conhecimento atualizado e um olhar atento para as tendências que moldam o mercado.
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